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terça-feira, 31 de maio de 2011

SENTIMENTOS

  
  Domingo uma querida amiga me falou que preciso expressar mais/melhor meus sentimentos.
  Aiii meu Deus, pensei na hora... sou péssima nisso. E é em função disso que escrevo, o que pra mim é muito mais fácil do que falar.  E até achei que estava fazendo direitinho mas, pelo visto não...  (da série: ‘e agora, José?!’)
Nada de desânimo, sacodirei a poeira e darei a voltar por cima, como sempre. Desistir? JAMAIS!
Não sei se pra vocês é como pra mim... eu não consigo demonstrar o que eu sinto. E nem na hora da raiva. Algumas pessoas me dizem que sou transparente e tals. Que é possível sempre saber quando estou bem ou, mal. Mas, eu penso que não. Pois, NUNCA consigo falar’ tudo o que tenho vontade. Sendo bom ou, ruim... eu travo. Guardo, acumulo, tranco sentimentos há sete chaves. O segredo do cadeado?! Nem eu tenho!
Terei que fazer terapia? Era só o que me faltava. Justo eu, que falo tanto e tão bem sobre os outros; o que devem falar, fazer, quando, como por que... Quando é comigo, não sei de onde venho e nem pra onde vou! Me sinto num labirinto sem fim.
Preciso urgentemente me desfazer das amarras que me prendem a algo que nem sei o nome.
  Minha família toda é muito diferente, inclusive nesse aspecto, eles tem total capacidade de discutir e dali 5 min, estarem todos conversando outro assunto animadamente, quiçá se abraçando... coisa que não consigo fazer de forma alguma. Fico meses’ até - meses mesmo, não me bastam horas, dias, semanas... pra resolver a situação dentro de mim e com a outra parte interessada - pensando, remoendo, sofrendo por determinado sentimento’ sem nada conseguir fazer. Já tentei extravasar, berrar, espernear... pôr tudo que me incomoda pra fora. Mas, é bem mais forte que eu, não dá! Como é que vou berrar, se não suporto gritos? Espernear? Na frente de alguém? Nunca! Extravasar? Minha polidez não me permite! E eu sigo assim... entalada, com um imenso nó na garganta que não se desfaz jamais. E quem dera fosse só não conseguir expressar as coisas ruins. As boas também, e essas são mais difíceis ainda. Pensamento bobo de sempre me perguntar: e se? O que e que vão pensar? 
Oras, ninguém tem que pensar nada! Se estiver tudo bem pra mim, tá tudo ótimo pra todo mundo. E pra quem não estiver, tenha um ótimo dia e passe bem!
É assim que devia ser, tudo mais simples, mais claro, mais límpido...
  Conversando dia desses com meu pai, ouvi dele: -“quando vocês não tiverem mais pais, irão dar valor”! E prontamente (desbocada) respondi: -“ e se os filhos morrerem antes, como fica”?!
Já temos na cabeça a idéia de que os mais velhos morrem antes. É a ‘ordem natural’ das coisas. Mas, é possível que ocorra o contrário. Me pai mesmo sempre fala: -“Pra morrer, basta estar vivo”! Então, pra que esperarmos o pior acontecer pra expormos nossos sentimentos?! Tanto os bons quanto os ruins. Falar o que queremos e precisamos falar, sentir, ouvir, ‘viver tudo o que se há pra viver’...  Uma explosão de sentimentos as vezes, não faz mal à ninguém! Muito melhor do que quando for tarde demais e não tivermos mais as pessoas que queremos bem por perto.  Ficarmos nos lamentando? De nada adiantará!
Claro que esse conselho não é valido pra ser aplicado na hora da raiva ou, qualquer outra violenta emoção. Aquela velha história das DESCULPAS, sabe?! Pedir desculpas pra mim é a morte pois, desde que inventaram a desculpa, o mundo ficou muito fácil. Porém, como há a facilidade em pedi-la, há também a de não aceitá-la. São os 2 lados da moeda. Eu, precavida que sou, prefiro não arriscar. Comigo, ‘estapear e depois acariciar’ não funiona!
Eu sou a pessoa que mais precisa aprender a lidar’ melhor com isso, garanto. Mas, deve servir à todos!
  Como vi domingo, num episódio de ‘Brothers & Sisters’, quando sogra e nora discutiam, a primeira disse mais ou, menos assim: - Por que não resolvemos isso como minha família sempre faz?! Ao que a nora chorosa respondeu: - Como? E a sogra já com um brando sorriso falou: - Tomando uma taça de vinho. E antes que a nora tentasse se explicar mais, ela continuou: - A única pergunta que ainda tenho à você é: RED OR, WHITE?
Assim sendo: - uma tacinha de vinho tinto seco pra mim, pufavô’- pra digerir melhor e me acostumar com tudo isso!

Beijos ‘sentimentalóides’ gente!

Por Dani Viana.

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