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segunda-feira, 25 de junho de 2012

Felizmente ANJOS habitam a Terra!



Após meses sem escrever (explico tudo no próximo texto em breve, eu juro) venho aqui hoje por um motivo especial: AGRADECER.
Agradeço por Deus ser tão bom comigo mesmo as vezes eu não sabendo ver/entender.

Vamos ao ocorrido:
   Sábado após aquela faxina básica (super prendada quando a empregada não vem) resolvi sair pra comer e fazer mais algumas coisas que quem é dona-de-casa sabe; liguei pra um amigo e pedi que viesse me buscar pois, após tudo iria na casa de uma amiga.
   Antes de sair de casa resolvi levar só R$10,00 na carteira pq, precisava passar no banco pra sacar uma graninha (R$500,00) e depois iria também ao mercado; lá comi e comprei o que precisava pro jantar que faria na casa da amiga. Ao sair do banco ainda reclamei com ele que tinha sacado 10 notas de 10 reais que fizeram minha carteira ficar cheia.
Fiz o que tinha que fazer e meu amigo me deixou na minha amiga.
Subi, conversamos, rimos, fiz o jantar, bebemos vinho e jantamos.
Tudo muito bem, tudo muito bom... o jantar, o vinho e as conversas acabaram e voltei pra casa já de madrugada. Ontem passei o dia deitada preguiçosa. Até que outra amiga me manda uma mensagem convidando pra ir ao Centro e depois jantar, já liguei pra ela dizendo que tava sem vontade e blábláblá... que precisava de coragem; ao que ela me disse: - Pois eu te dou coragem então, passo em meia hora te buscar. Ok, entendi! Corri pro banho e me arrumei rapidão. Eis que lembro que precisava tirar o dinheiro da carteira pq, não gosto de carregar valores à toa. Uso sempre o que acho que vou gastar e o cartão de crédito se necessário for.
Mas, quando abro a bolsa... Cadê a carteira?
Cadê? Sumiu! O chão se abriu, minha pressão caiu, meu corpo formigou, as lágrimas rolaram ligeiras... O que fazer? Pra onde ir? Onde procurar? Pra quem ligar? Eu não sabia. Nada!
Não pelo dinheiro (Sou RYCAH) R$475,75 o troco dos R$510,00 que eu tinha... mas, muito mais pelo incômodo em cancelar os cartões, refazer a documentação, enfim... tava perdida. Sem mais!
   Minha amiga chegou e desci descompensada contando tudo, e a primeira idéia foi falar com o amigo e a amiga do dia anterior pra saber se estava no carro dele ou, na casa dela. Ele já em outra cidade, não achou no carro. Ela numa festa não tinha como ir pra casa procurar mas, já disse que onde eu deixei a bolsa não tava. Fui então ao mercado afinal eu tinha pago a compra, se perdi’ ou, me furtaram’ foi depois do caixa. Lá também nada. E nem as câmeras de segurança eu pude ver porque era domingo e o responsável não tava. Foi então que pensei: preciso fazer o B.O., e se usarem meus documentos pra sabe-se lá o que? Comprarem com meus cartões? Já que o dinheiro jamais pensava em recuperar... Mas, que delegacia eu iria, num domingo a noite? Mulheres nessas horas não sabem de onde vem e nem pra onde vão. Detalhe que eu e as duas amigas fizemos Direito. Foi aí que decidi ligar pra uma pessoa que gosto muito, confio e entende disso e só o fiz porque me garantiu que podia ligar qualquer dia, qualquer hora, pra qualquer coisa... E olha que quem me conhece sabe que não sou de ligar, eu ligo uma vez se a pessoa atende bem, se não ok... pra eu ligar duas vezes tem que ser muito urgente. Pois, eu liguei cinco (C-I-N-C-O) vezes, tamanho o meu desespero; e simplesmente não fui atendida. Como não tinha pra onde correr literalmente, fui pra Delegacia de Polícia Civil pronta pra pedir uma orientação. E ainda bem que era lá mesmo, fiz o B.O., o policial até riu da minha cara (no bom sentido) pelo meu detalhismo extremo ao contar que o dinheiro eram: - 8 notas de R$50,00, 7 notas de R$10,00, 1 nota de R$2,00, 3 moedas de R$1,00 e a outra moeda eu não lembro se é de R$0,50 ou R$0,25... haha (Da série: Depois que passa a gente ri)
Quando saí da Delegacia, o Centro já tinha acabado, a fome já tinha passado, o sono nem deu as caras e passei a noite toda preocupada com o que meu pai tinha dito sobre usarem meus documentos.
   Hoje fui pro trabalho cedo e de lá fui à Dentista, quando na sala de espera o telefone toca, número estranho; atendi como sempre atendo qualquer número, ainda mais que podia ser alguma pista da minha carteira, né?! Eis que escuto: - Sra. Daniele? E eu: Sim.
Do outro lado: - Aqui é a Fulana do seu plano de saúde, a senhora Beltrana ligou aqui dizendo que seu marido achou seus documentos e eles querem que a Sra. ligue pra eles, pra combinarem de lhe devolver. Eu fiquei muda, paralisada, conseguia nem respirar... quando me restabeleci só consegui dizer: - Achou tudo? Onde encontro eles? E ela: - Sim encontrou a carteira. O número é tal, liga pra ela que ela está ansiosa e preocupada com a senhora. Eu liguei em seguida; assim que Dona F. (Não vou identificá-la pois, não costumo fazer sem permissão) ouviu minha voz disse: - Agradeça a Deus menina, fique mais perto dele que ele é muito bom com você! (disse isso sem saber quem eu era)
Chorei, emocionei, agradeci. E no meu horário de almoço fui até a casa deles.  Gente muito simples e humilde que mora num bairro bem distante mas, que abriram as portas rapidamente e me ofereceram o melhor sofá pra sentar. Chorei de novo. Pela bondade, pelo carinho, por nem me conhecerem e terem feito o que fizeram sem esperar nada, nem agradecimento, nem pagamento, nada. Me disseram que não queriam nada de mim, só saber que eu estaria tranqüila de novo. Ofereci dinheiro, se ofenderam até, insisti que levassem pra igreja então, em meu nome. Aí sim, aceitaram e se comprometeram em fazê-lo. Me pediram pra voltar, tomar um café ou, comer um ‘arroz com feijão’. Voltarei. Por que o que fizeram por mim... NÃO TEM PREÇO!
O marido de Dona F. chamou minha atenção: - Oh minha fia, como que vc anda com tudo nessa carteira, tantos cartões, essa montoeira de dinheiro (sim, todos os R$475,75 – eram R$0,75, 1 moeda de R$0,50 e uma de R$0,25 Sr. Policial – continuavam dentro da carteira) fotos e todos os seus documentos e nenhum número de telefone ou, endereço pra gente te achar? Tava indo trabalhar de bicicleta quando quase passei por cima dela e até assustei quando abri e encontrei tudo isso.
Chorei de novo.
Saí de lá abanando e agradecendo as bênçãos todas que me desejaram, desejando o dobro pra eles e fui direto ao plano de saúde e presenteei a moça que me ligou com os mesmos chocolates que levei à Dona F. e seu marido. E o que ouvi? – Nossa, Dona Daniele, muito obrigada! É nessas horas que a gente vê a diferença das pessoas, outro dia achamos uma carteira também aqui em frente, ligamos, a pessoa veio, pegou, conferiu, virou as costas, saiu, nem obrigado e nem tchau disse. E a Sra. me trouxe chocolates?!
   Eu sorri em paz comigo e com Deus, sabendo que faço parte das raras pessoas boas.
Hoje eu tive a maior prova que estava errada dia desses quando falei que a ajuda não vinha de lugar nenhum, nem onde a gente mais esperava e nem de onde menos esperava; a ajuda vem sim quando a gente não espera mas, merece. Por essas e por outras, tenho mais é que agradecer:
Obrigada meu Deus, por 'ainda' existirem pessoas de coração bom!

E ao sair do trabalho, vim pensando em como expressar isso que me aconteceu e to sentindo, quando chego em casa e entro na net, vi um post de um amigo querido que falava de anjos.
Curiosa que sou e ansiosa pra contar minha prova da existência deles, chamei-o pra convesar, ele contou a historia dele e concluímos os dois agradecidos que, Felizmente ANJOS habitam a Terra!


Por Dani Viana.

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